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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Os 6 fenômenos evolutivos mais bizarros na biologia

Na biologia, a evolução pode ser compreendida de maneira simplista como as mudanças que ocorrem nos seres vivos ao longo das gerações, e um dos motores da evolução é a Seleção Natural, na qual os naturalistas Charles Darwin e Alfred Russel Wallace propuseram a sobrevivência dos mais aptos.

Todos que prestaram um pouco de atenção nas aulas de Biologia na escola devem se lembrar desses conceitos, mas o que muitos não devem conhecer são alguns fenômenos evolutivos não muito usuais. 

Abaixo, listamos seis desses fenômenos mais inusitados:

1. Atavismo

Em biologia, um atavismo é uma modificação de uma estrutura biológica pela qual um traço genético ancestral reaparece depois de ter sido perdido através de mudanças evolutivas em gerações anteriores. Em outras palavras, o atavismo é o responsável, por exemplo, do aparecimento de bebês humanos nascidos com caudas, ou presença de 4 ou mais mamilos, ou de galinhas com dentes, ou de membros em serpentes. <Veja mais sobre isso nesse post aqui>.

Há vários casos registrados de reaparecimento dos membros, como as cobras


O atavismo também pode ser visto em humanos que possuem dentes grandes, como os de outros primatas. Além disso, um caso de "coração de cobra", a presença de "circulação coronária e arquitetura miocárdica [que se assemelham muito] às do coração de réptil", também tem sido relatado na literatura médica. O atavismo também foi recentemente induzido em fetos modernos de dinossauros aviários (pássaros) para expressar características ancestrais dormentes de dinossauros não aviários, incluindo dentes.

2. Neotenia

Axolote, um tipo de salamandra, nunca totalmente metamorfoseia. Ou seja: elas são essencialmente juvenis (larvas) o resto da vida, embora possam se reproduzir. Este fenômeno, conhecido como neotenia, ou a retenção de características juvenis na idade adulta, aparece situacionalmente em algumas outras espécies de salamandra. 

Axolote, essencialmente a larva salamandra permanece com suas características juvenis, mas é sexualmente madura.

3. Aposematismo

Aposematismo é uma estratégia de defesa apresentada por algumas espécies de animais, como forma de se proteger de seus predadores. Nesta estratégia, os animais usam cores vivas e padrões distintos para assustar ou alertar seus predadores de que eles podem ser venenosos ou impalatáveis. Por exemplo, as mariposas monarca  e as lagartas da vespa têm cores amarelas e pretas para avisar que elas são tóxicas. <Leia mais sobre isso aqui>.

A coloração vistosa de alguns animais de aviso ou também chamada de aposematismo também pode ser considerada um tipo de comunicação. No caso a mensagem deixada é 'não me toque, sou perigoso'.  (Foto: Inzilbeth / Wikimedia Commons / CC-BY-SA 3.0)

4. Seleção sexual

A seleção sexual é um processo biológico em que existe uma competição entre os indivíduos de um determinado sexo para obter acesso ao outro sexo para a reprodução. É uma forma de seleção natural que contribui para a evolução das espécies. A seleção sexual é uma forma de seleção natural que influencia a sobrevivência e a reprodução dos indivíduos, permitindo a associação de características mais desejadas e a transmissão de genes benéficos às próximas gerações. A seleção sexual pode ocorrer de forma direta ou indireta, dependendo de quais características são mais desejadas pelo sexo oposto. 

É através da seleção sexual que é explicado o porquê de machos de várias espécies serem extremamente vistosos, coloridos e com padrões muito chamativos, enquanto nas fêmeas tais características é o completo oposto. 


Clássico exemplo do pavão macho com sua cauda e cores exuberantes e a fêmea, de cores neutras e sem cauda comprida.



Macho (esquerda); fêmea (direita). 

5. Mutualismo

O mutualismo é uma forma de interação entre espécies diferentes, na qual ambos os participantes recebem benefícios. No mutualismo obrigatório as espécies dependem permanentemente uma da outra, não conseguindo sobreviver separadamente. Há vários casos interessantes de mutualismo, e todos eles ocorreram por coevolução. Exemplos clássicos estão os líquens, que são formados pela associação de algas verdes unicelulares e fungos, ou da relação entre corais e algas: Os corais hospedam pequenas algas dentro de suas células, permitindo que as algas usem o corpo do coral como abrigo. Em troca, as algas fornecem oxigênio e nutrientes para o coral, ajudando-o a se alimentar.

Líquen.

Corais e as algas unicelulares (no detalhe)

6. Mimetismo

Todos conhecem os insetos que mimetizam folhas. Mas você sabia que algumas espécies de aranhas, borboletas e sapos se parecem com excrementos de pássaros? Outros organismos usam mímica para atrair em vez de repelir: certas orquídeas se parecem - e cheiram como moscas fêmeas e vespas. Elas são polinizadas quando um inseto macho tenta copular com elas.


Lagarta mimetizando excremento de pássaros

Sim, isso é uma lagarta


Sim, isso é uma aranha, que possui cores que mimetizam excrementos de pássaros.

Orquídea (Ophrys insectifera).

Fontes: 
Demais fontes no texto.
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