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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Descubra 6 fatos surpreendentes sobre as lagostas

Quando pensamos em lagostas, usualmente já associamos a um prato caro servido em ocasiões especiais. No entanto, existe muito mais por trás deste animal fascinante do que se pensa! 

Lagosta azul capturada no estado norte-americano de Maine - Divulgação/TikTok/@maverick_207

As lagostas são membros do grupo dos crustáceos, que inclui caranguejos, camarões e até mesmo seus primos de água doce, os tatuzinhos de jardim. Esses crustáceos são encontrados em todos os oceanos do mundo e são um importante contribuinte para o ecossistema marinho. O peso das lagostas que são capturadas para o consumo humano geralmente varia de 1 a 2 kg, mas existem algumas que podem chegar a mais de 20 kg. São animais incríveis, considerando as várias características que os tornam únicos. Confira na nossa lista abaixo:

1. Crescimento contínuo 

Um dos fatos surpreendentes é devido ao seu crescimento contínuo ao longo de toda a vida. Isto é possível porque elas produzem continuamente a telomerase, uma enzima que impede a diminuição dos telômeros dos cromossomos e está associada ao envelhecimento celular. Isso explica o fato de nunca pararem de crescer ao longo de toda a vida. Assim, em espécies naturalmente grandes, quanto mais velho o animal, maior ele se torna. 

Créditos: Brian Medel-Halifax Chronicle-Herald/The Canadian Press/AP. Nesta foto, Skipper Landon Shand, à esquerda, e o tripulante Lorne Pace exibem uma lagosta macho de 10kg que eles pegaram no encerramento da temporada de lagostas do sudoeste da Nova Escócia em Yarmouth, N.S.

Em 1977, um pescador profissional de lagosta, ao largo da costa da Nova Escócia, capturou uma lagosta americana que entrou para a história. O crustáceo que pesava 20,14kg foi oficialmente certificado e estabeleceu um recorde mundial de peso, de acordo com o Guinness, como o crustáceo marinho mais pesado já registrado. Com as técnicas de mensuração mais modernas, foi deduzido que esta lagosta tinha mais de 100 anos. Após as medições, o animal foi devolvido ao oceano para que pudesse seguir vivendo através do oceano. Até o momento, nenhum outro crustáceo foi capaz de quebrar este recorde.

2. Criação comercial muito difícil

A lagosta é um dos crustáceos mais apreciados do mundo, mas a realidade é que elas são muito difíceis de serem cultivadas comercialmente. Devido à sua longa vida útil, elas levam muito tempo para atingir um peso aceitável para o consumo. Isso torna o cultivo de lagostas pouco viável para propósitos comerciais. Assim, a captura de lagostas selvagens é muito mais lucrativa, pois elas podem ser encontradas em grandes quantidades. Embora isso seja mais lucrativo do que a criação de lagostas, também tem o potencial de causar muitos danos ao meio ambiente, pois pode resultar em um desequilíbrio na população de lagostas. Por essa razão, é extremamente importante que em locais permitidos, se utilize de pesca responsável e usem apenas quantidades sustentáveis de lagostas. Aqui no Brasil, as diferentes modalidades de captura de lagosta no ambiente são consideradas ilegais pelo governo brasileiro. 

3. Regeneração de membros

As lagostas são um dos animais mais estudados quando se trata de regeneração de membros. Elas são capazes de regenerar não apenas garras, pernas e antenas, mas também outros órgãos, como o coração e o cérebro. Esta habilidade tem sido alvo de estudos para tentar replicar este mecanismo em humanos. Os cientistas têm estudado o processo de regeneração em lagostas para entender melhor como as células conseguem se reorganizar para formar novos tecidos. 

Eles também estão estudando como as lagostas são capazes de se regenerar mesmo após grandes lesões. Além disso, a capacidade das lagostas de regenerar membros também tem sido usada como um modelo para estudos de envelhecimento. Estudos têm demonstrado que quanto mais velhas as lagostas ficam, mais lentas ficam suas taxas de regeneração. Esta descoberta sugere que a regeneração é um processo que pode diminuir com a idade. 

Como resultado, o estudo das lagostas tem sido extremamente importante para a medicina regenerativa. Esta área da medicina usa o conhecimento adquirido sobre como as lagostas regeneram seus membros para tentar desenvolver tratamentos para ferimentos e doenças crônicas em humanos.

4. Lagosta vermelha não é vermelha

Tipicamente a maioria das espécies, assim como outros crustáceos, as lagostas são de cor cinza quando retiradas do oceano, com alguns tons de verde e marrom. No entanto, quando são cozidas, o calor do vapor ou água quente ativa a reação química que converte as proteínas presentes na carapaça da lagosta em vermelho. 

Essa reação pode levar alguns minutos para ocorrer, dependendo do tamanho da lagosta. Isso acontece porque, quando as lagostas estão vivas, elas contêm um pigmento diferente, chamado astaxantina, que é um antioxidante natural. A astaxantina é responsável pela manutenção da cor verde-azulada da carapaça das lagostas. Porém, quando a lagosta é cozida, a astaxantina é destruída e ocorre a reação química que converte as proteínas em vermelho. 

Portanto, se você estiver procurando lagostas vermelhas, provavelmente você precisará cozinhá-las primeiro. Depois de alguns minutos no vapor ou água fervente, as lagostas ganharão o característico tom vermelho brilhante.

Hommarus gammarus.

5. São muito resistentes

As lagostas são muito resistentes e capazes de sobreviver fora da água por longos períodos de tempo. Entretanto, para isso é necessário manter as temperaturas baixas para que a lagosta possa retardar seu metabolismo e respiração, pois isso ajuda a conservar sua energia. Além disso, a lagosta também precisa de umidade para não morrer, pois ela respira através de brânquias.

6. Crescimento lento

Leva cerca de 7 anos para que as lagostas atinjam um quilo de peso. Após esse período, elas continuam a ganhar peso durante toda a sua vida, mas em um ritmo mais lento. Estima-se que elas ganhem em média um quarto de quilo a cada ano. No entanto, o tamanho e o peso de uma lagosta dependem de vários fatores, como a espécie, o ambiente onde ela vive e a quantidade de comida.


Fontes:
1, 2, 3

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